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Com o objetivo de trabalharmos de forma concertada, ao nível artístico e pedagógico, o período de formação da História Democrática de Portugal, pretendemos, com este projeto expositivo, e em parceria com a comunidade educativa de Évora, e com a comunidade documental da cidade, comemorar e homenagear o 25 de Abril, naqueles que são os seus primeiros 50 anos de vida democrática em Portugal.
Dentro de um espírito multidisciplinar e humanista procurámos neste projeto expositivo cruzar as diferentes áreas do saber, através das disciplinas de História, História Oral, e Ensino Artístico, com aqueles que são os principais espólios de Arquivo da cidade de Évora, que têm à sua salvaguarda diferentes tipos de documentos históricos, e que, numa primeira fase do projeto, selecionámos como parte integrante dos conteúdos expositivos da presente exposição. Como linha temática tivemos como prioridade a reflexão e a (re)interpretação artística do 25 de Abril, estabelecendo, para o efeito, uma ponte de interlocução com o diálogo intergeracional, captado com o recurso à História Oral, por intermédio de entrevistas realizadas às pessoas que vivenciaram o 25 de Abril. Nesse sentido, para uma aproximação ao espírito de Abril, foi de extrema importância, quer esse diálogo intergeracional realizado junto das famílias e das comunidades educativas locais, com as escolas, bem como o trabalho de seleção dos conteúdos expositivos, captados por intermédio dos diferentes documentos históricos de arquivo, selecionados junto de quatro arquivos da cidade: Serviços de Informação Documental da Universidade de Évora, Arquivo Distrital de Évora, Arquivo Municipal e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora (CME).
O resultado é bem demonstrativo, tendo em conta os diferentes trabalhos de desconstrução plástica sobre o tema, de diferentes alunos de diferentes graus de ensino, do 9º ao ensino superior. Trabalhos que partiram dessa mesma diversidade de documentos históricos, selecionados nos diferentes Arquivos da cidade, e da diversidade de narrativas orais, captadas nas entrevistas que os alunos puderam realizar aos atores vivos, testemunhas históricas da Revolução dos Cravos. Através dos diferentes impulsos subjetivos, estéticos, éticos, ideológicos e/ou morais, foi possível convocarmos a história no presente. Através do fio democrático dos últimos 50 anos, percecionámos ABRIL como uma verdadeira arma cravo que transformou o país, e que captou toda a esperança e a coragem. Ou a falta destas.