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A Comissão Europeia aprovou a inclusão das «Caralhotas de Almeirim» no Registo das Indicações Geográficas Protegidas (IGP), ao abrigo do Regulamento (UE) 2024/1143 do Parlamento Europeu e do Conselho.
As «Caralhotas de Almeirim» são pequenos pães tradicionais da região de Almeirim, no distrito de Santarém, com um diâmetro médio de 15 cm, forma arredondada, côdea quebradiça e estaladiça de tonalidade acastanhada, e miolo rústico.
A sua produção obedece a métodos típicos da região, com recurso a farinha de trigo tipo 55 ou 65 (ou similar), fermento de padeiro e/ou “pão acrescentado” (massa deixada a levedar de véspera), água e sal, em proporções específicas. A massa é preparada e levedada antes de ser cozida em forno, frequentemente um forno tradicional a lenha, conferindo ao produto as suas características organolépticas distintivas.
O nome peculiar «Caralhota» remonta ao léxico popular da região, onde designa o borboto da lã. A origem do nome está associada a uma história tradicional, transmitida oralmente de geração em geração, que reforça o enraizamento cultural e identitário deste pão no património da região.
Com esta inscrição, as «Caralhotas de Almeirim» passam a integrar a lista oficial dos produtos agrícolas e géneros alimentícios com indicação geográfica protegida, já disponível na base de dados pública eAmbrosia.
Portugal ultrapassa assim as 200 denominações registadas a nível da União Europeia, reforçando o reconhecimento e valorização dos seus produtos tradicionais.
Mais informações na página sobre regimes de qualidade e no portal GIView.