
atualidade online sobre a União Europeia


“A Ucrânia tem estado em foco nos últimos dias.
Qualquer plano de paz credível e sustentável deve, antes de mais, pôr termo ao morticínio e à guerra sem lançar as sementes de um conflito futuro. Chegámos a acordo sobre os principais elementos de uma paz justa e duradoura com soberania para a Ucrânia.
Permitam-me salientar três desses elementos.
Em primeiro lugar, as fronteiras não podem ser alteradas pela força.
Em segundo lugar, sendo a Ucrânia uma nação soberana, não podem ser impostas limitações às suas forças armadas que deixem o país vulnerável a ataques futuros, comprometendo também a segurança europeia.
Em terceiro lugar, importa ter plenamente em conta a centralidade da União Europeia na garantia da paz na Ucrânia.
A Ucrânia tem de ter a liberdade e o direito soberano de escolher o seu próprio destino. Os ucranianos escolheram um destino europeu. Ele inicia-se com a reconstrução do país, a integração deste no mercado único e na nossa base industrial de defesa. A última paragem será a adesão à nossa União.
Continuaremos a trabalhar com a Ucrânia, os Estados-Membros da UE, a Coligação de Voluntários e os EUA para realizar progressos genuínos no sentido da paz.
O importante é que avancemos em parceria, numa via única. Gostaria de terminar com um ponto que considero importante a título pessoal.
Um elemento crucial que deve fazer parte de qualquer acordo: o regresso de todas as crianças ucranianas raptadas pela Rússia.
De todos os horrores desencadeados pela guerra da Rússia, nenhum é tão doloroso. Dezenas de milhares de meninos e meninas continuam retidos na Rússia, assustados e ansiando voltar para os seus entes queridos. O destino destas crianças tem de ser uma prioridade da agenda mundial.
Por esta razão, juntamente com a Ucrânia e o Canadá, organizaremos uma Cimeira da Coligação Internacional para o Regresso das Crianças Ucranianas. Não descansaremos até todas as crianças se juntarem às suas famílias, nas suas casas, onde pertencem.”
– Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen